O futebol feminino ganha espaço em 2019

O futebol feminino vai ganhar espaço em 2019. Parece piada, mas não é. Depois de exatos 40 anos do fim da proibição da prática do futebol feminino no Brasil, finalmente a modalidade será levada a sério e ganhará um investimento digno do talento de suas jogadoras. Para quem não sabe, em 1941 o Decreto-Lei 3199 do Governo Getúlio Vargas proibia a prática de esportes por mulheres no Brasil, pois era algo considerado incompatível com o gênero. Esse decreto foi derrubado em 1979 depois de muita luta. Depois de quatro décadas a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) implantou em seu novo licenciamento de clubes a obrigatoriedade de um time de futebol feminino em cada equipe masculina que disputará o Brasileiro da Série A de 2019.

Decreto-Lei 3199 do Governo Getúlio Vargas

Decreto-Lei 3199 do Governo Getúlio Vargas

Essa também é uma exigência da CONMEBOL para a Copa Libertadores da América. O clube brasileiro que não montar uma equipe feminina não poderá jogar a competição sul-americana de 2019. A exigência fez com que os oito participantes brasileiros se mexessem para evitar problemas. Dos classificados, apenas Palmeiras e Cruzeiro ainda não começaram a montar suas equipes, mas garantiram o início do planejamento antes mesmos de suas estreias na competição. Flamengo, Grêmio e Internacional já possuem times estruturados. São Paulo e Atlético-MG estão com seus projetos encaminhados e o Athletico Paranaense já iniciou seu planejamento.

Futebol feminino nos outros clubes da Série A

Dos 20 clubes que disputarão a Série A do Brasileirão 2019, 13 precisarão montar seus times de futebol feminino antes da estreia na competição, dia 28 de abril. Isso equivale a 65% dos participantes. É muito time! Apenas sete já possuem equipes estruturadas, mas em diferentes condições: Ceará, Corinthians, Vasco, Santos e os três já citados da Libertadores, Flamengo, Grêmio e Internacional. O grande exemplo a ser seguido no futebol feminino é o do Santos. O time da Vila Belmiro mantém uma equipe bem estrutura em atividade há quatro anos e é o atual vice-campeão da Libertadores da América de Futebol Feminino. No comando está a técnica Emily Lima, que foi primeira mulher à frente da Seleção Brasileira Feminina. Vale lembrar que as “Sereias Da Vila” já venceram a Copa Libertadores de futebol feminino em duas oportunidades: 2009 e 2010.

Emily Lima Santos

Emily Lima no Santos: Sereias da Vila

Além do Santos, o São José (2011, 2013 e 2014) e o Corinthians (2017) já venceram a competição sul-americana. Atlético-MG, Bahia, Chapecoense, São Paulo, CSA e Goiás devem promover suas estreias na modalidade nas próximas semanas. Destaque para a Chape que está fazendo em seu centro de treinamento uma espécie de peneira com jogadoras de todo o país. O objetivo é escolher as melhores e formar o time catarinense para a disputa do Campeonato Brasileiro e do Estadual da categoria. A situação é mais complicada para Avaí, Botafogo e Fortaleza, que ainda não apresentaram nenhum projeto.

O Calendário do futebol feminino brasileiro

O Campeonato Brasileiro de futebol feminino é disputado desde 2013 e é o maior torneio do mundo na modalidade. A partir deste ano, com a exigência dos clubes de criarem times femininos para a temporada, a competição ganhou duas novas divisões. Agora, existe o Campeonato Brasileiro A1, o Campeonato Brasileiro A2, além do Campeonato Brasileiro Sub-18 para categorias de base. O atual campeão brasileiro é o Corinthians, que venceu o Rio Preto, também de São Paulo, na decisão da competição do ano passado.

corinthians_brasileiro 2018

Corinthians campeão brasileiro feminino 2018

Por falar em São Paulo, o estado domina o cenário do futebol feminino. Centro Olímpico (2013), Ferroviária (2014), Rio Preto (2015) e Santos (2017) venceram os torneios anteriores. O Flamengo foi a exceção em 2016. A Série A1 desse ano começará dia 17 de março e terá 16 equipes na disputa. Sete clubes de São Paulo: Audax, Ferroviária, São José, Rio Preto, Corinthians, Santos e Ponte Preta. Vale destacar também clubes sem muita tradição como o Minas Brasília-DF, o Iranduba-AM e o Vitória de Santo Antão-PE. O Kindermann, de Santa Catarina, já foi vice-campeão brasileiro, sendo derrotado na final pelo Flamengo.

A fórmula de disputa é a seguinte: 16 clubes se enfrentam em turno único. Os oito melhores se classificam para as oitavas de final. Em jogos de ida e volta, os vencedores vão avançando até a grande final. A Série A2 terá 36 clubes e uma fórmula de disputa diferente. Serão seis grupos de seis times se enfrentando em turno único. Avança para a segunda fase os 16 melhores (dois primeiros de cada grupo e os quatro melhores terceiros colocados). Em jogos de ida e volta, os vencedores vão avançando até a grande final.

Retornando à Libertadores Feminina

Já a Copa Libertadores de Futebol Feminina ainda não tem data definida, mas irá acontecer em 2019 impreterivelmente. O Corinthians, campeão brasileiro, é o único representante nacional. Vale lembrar que participam 12 clubes na competição – 11 campeões nacionais e o atual campeão do torneio. As meninas do Timão vão em busca do bicampeonato!

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