O olho eletrônico no futebol
O futebol é o esporte mais popular do planeta e movimenta centenas de bilhões de dólares por ano. As proporções que um lance polêmico alcançam são imensuráveis. Imagine em um Copa do Mundo, o maior evento esportivo e que reúne as melhores seleções mundiais. Como não se lembrar do 3º gol da Inglaterra na decisão de 1966 contra a Alemanha?
“La Mano de Diós”, no clássico entre Argentina e Inglaterra em 1986; as classificações contestadas da anfitriã Coreia do Sul em 2002, contra Itália e Espanha; e o gol não validado do inglês Lampard, contra a Alemanha na Copa de 2010, são outros episódios que ganharam destaque nos noticiários internacionais e não foram (e nem serão) esquecidos.
Os árbitros são apontados muitas vezes como os principais culpados por uma derrota. Mas até que ponto podemos culpá-los, se ao contrário deles, temos o auxílio de dezenas de câmeras espalhadas ao redor do campo? Pensando nisso, a FIFA já adiantou que recursos eletrônicos, que confirmam se a bola cruzou a linha do gol ou não, serão usados na Copa do Mundo de 2014.
Existe uma corrente que acredita que o futebol deve seguir o exemplo do tênis e do futebol americano. Neles, o jogo pode ser paralisado para tirar as dúvidas necessárias. Mas será que a velocidade do futebol e as subjetividades dos lances permitiriam o modelo de sucesso desses outros esportes? Mesmo após o replay, há quem concorde e discorde da decisão do árbitro, pelo simples fato de ser um esporte com muitas jogadas interpretativas.
Michel Platini, presidente da UEFA, é contrário a aplicação da tecnologia no futebol. Para o francês, o alto custo de operação seria melhor investido no desenvolvimento de projetos de divisões de base. Além disso, alega que se cada impedimento, desarme, saída de bola contar com recurso tecnológico, o jogo duraria ao menos quatro horas.
E você, é a favor da tecnologia no futebol?
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